"É preciso não esquecer nada: nem a torneira aberta nem o fogo aceso,
nem o sorriso para os infelizes nem a oração de cada instante.
É preciso não esquecer de ver a nova borboleta nem o céu de sempre.
O que é preciso é esquecer o nosso rosto, o nosso nome,
o som da nossa voz, o ritmo do nosso pulso.
O que é preciso esquecer é o dia carregado de atos a idéia de recompensa e de glória.
O que é preciso é ser como se já não fôssemos vigiados
pelos próprios olhos severos conosco, pois o resto não nos pertence."
(Cecília Meireles)
nem o sorriso para os infelizes nem a oração de cada instante.
É preciso não esquecer de ver a nova borboleta nem o céu de sempre.
O que é preciso é esquecer o nosso rosto, o nosso nome,
o som da nossa voz, o ritmo do nosso pulso.
O que é preciso esquecer é o dia carregado de atos a idéia de recompensa e de glória.
O que é preciso é ser como se já não fôssemos vigiados
pelos próprios olhos severos conosco, pois o resto não nos pertence."
(Cecília Meireles)